segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Baixos níveis de vitamina D podem aumentar risco de doença de Parkinson

Em um estudo longitudinal publicado na revista Archives of Neurology (Arch Neurol 2010;67:808-811) que acompanhou mais de 3000 pessoas durante 29 anos, investigadores finlandeses identificaram uma associação entre baixos níveis de vitamina D e aumento da incidência de doença de Parkinson. Acredita-se atualmente que a vitamina D é muito mais que uma vitamina, tendo também funções hormonais muito além de regular a absorção do cálcio e a saúde óssea. Os investigadores dosaram os níveis séricos de 25 hidroxi-vitamina D e notaram que aqueles pacientes com níveis séricos acima de 50 nmol/L tinham 65% menos risco de desenvolver Parkinson que o grupo com vitamina D menor que 25 nmol/L. Os pesquisadores admitem que o mecanismo pelo qual a vitamina D protege contra o desenvolvimento da doença de Parkinson é desconhecido, embora postula-se que ela tenha efeitos neuroprotetores. As principais limitações do estudo incluem o número relativamente pequeno da amostra, a dosagem isolada da vitamina D apenas no ínicio do segmemento, informação limitada sobre a ingesta dietética de vitamina D dos participantes, ausência de padronização diagnóstica para a doença de Parkinson e presença de fatores residuais que podem confundir a relação entre vitamina D e Parkinson. Outras doenças que estão sendo ligadas a baixos níveis de vitamina D são esclerose múltipla e doença de Alzheimer. Entretanto, antes de considerar a vitamina D como a solução dessas doenças, outros estudos são necessários para esclarecer se realmente há uma relação de causa-efeito entre deficiência de vitamina D e Parkinson e se a suplementação dessa vitamina exerce qualquer efeito benéfico na prevenção e no tratamento do Parkinson.

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